
A CPI das Bets entrou na reta final com um novo capítulo da briga entre a relatora, Soraya Thronicke (Podemos-MS), e o senador Ciro Nogueira (PP-PI), apontado como um membro da “bancada das bets” e protagonista do esvaziamento da investigação aberta no Senado.
A acusação trocada está atrelada a um outro personagem que marcou a CPI e acabou sendo decisivo para a implosão dos trabalhos. O lobista Sílvio Barbosa de Assis foi acusado por empresários de tentar extorqui-los pedindo pagamentos em troca de blindagem na comissão. Entre os que teriam sido sondados, Fernandin OIG.
Assis é próximo de Soraya Thronicke e tinha uma irmã nomeada no gabinete da senadora. A parlamentar afirma que a acusação é falsa e que vinha sofrendo ameaças e intimidações de senadores que atuam conforme interesses das bets.
O pedido para excluir Ciro Nogueira da CPI foi apresentado ao líder do bloco Aliança no Senado, senador Hiran Gonçalves (PP-RR). Ele é o presidente do colegiado que investiga os impactos das apostas. Procurado, não respondeu sobre como vai deliberar.
Como mostrou o reportagem, o Senado tem uma espécie de “bancada das bets” composta por parlamentares que defendem interesses das casas de apostas.
A comissão de inquérito tem sido marcada por sessões esvaziadas e falta de foco. A expectativa dos próprios senadores é a de que os resultados da investigação sejam mínomod. Iniciada em 12 de novembro de 2024, ela foi prorrogada em 30 de abril. O novo prazo final é 14 de junho.