Professores da rede estadual de ensino paralisaram as atividades nesta segunda-feira (03) e se reuniram em frente ao Palácio de Karnak, em Teresina (PI). Os profissionais reivindicaram o adiantamento do reajuste salarial de 6,27% para a categoria, anunciado pelo Governo do Estado para o mês de maio.
A manifestação afetou parcialmente as escolas estaduais em Teresina. Em algumas o expediente funcionou normalmente, no entanto, outras tiveram suas atividades suspensas, como o caso da Unidade Escola José Cândido Ferraz, no bairro Monte Castelo, zona sul da capital.
No anúncio realizado, neste domingo (02), o novo piso salarial do magistério será de R$ 4.867,77, que será pago nos próximos meses, segundo o Governo do Estado. Durante o protesto, os docentes afirmam que o reajuste foi efetivado, em janeiro, apenas para 5% dos professores.
“O governador anunciou o piso do magistério de 6,27% apenas em maio para a maioria. Nós somos contrários, queremos neste momento o reajuste linear na carreira retroativo em janeiro”, relatou Paulina Almeida, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica Pública do Piauí (Sinte-PI).
A insatisfação é generalizada entre os educadores. O reajuste, segundo eles, foi insuficiente para uma das penas salariais acumuladas ao longo dos anos. A professora de História, na capital do estado, Teresinha Rodrigues, informou que o reajuste dela foi de pouco mais de 15 reais.
“O professor especialista nível 3, como eu, teve um aumento apenas de 17 reais, com desconto e com apenas 16,44 centavos. É um absurdo. Não há valorização da educação no Estado Piauí”, disse a professora.
O governador Rafael Fonteles (PT) informou que o reajuste será concedido para todas as classes e níveis da categoria, com planejamento previsto para maio deste ano. “Iremos ter o reajuste global para todas as categorias dos professores de 6,27%, inclusive para os inativos”, disse.
Conforme o governador, as gratificações para gestores das escolas de Tempo Integral também terão um aumento a partir de maio. O valor passará de R$ 1.500 para R$ 2.000. Já os coordenadores pedagógicos receberão R$ 1.500, no lugar dos atuais R$ 1.050.
A Secretaria de Educação do Piauí foi procurada pela equipe de reportagem e o espaço segue aberto.
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