247– A execução do ex-jogador da seleção brasileira de vôlei Everton Pereira Fagundes da Conceição, conhecido como Everton Boi, de 46 anos, tem gerado forte comoção em Cuiabá (MT) e levantado uma série de dúvidas sobre a motivação do crime. O ex-atleta foi morto a tiros na última quinta-feira (11) dentro de um carro, no Bairro República do Líbano.
Segundo as investigações da Polícia Civil, Everton foi baleado por Idirlei Alves Pacheco, de 40 anos, que se entregou às autoridades nesta segunda-feira (14), um dia após ter a prisão temporária decretada. Em depoimento, o suspeito afirmou que acreditava estar sendo vítima de uma tentativa de extorsão arquitetada por sua ex-esposa e por Everton.
O crime ocorreu dentro da caminhonete de Idirlei. Everton dirigia o veículo quando foi alvejado por pelo menos três disparos. Após os tiros, perdeu o controle da direção e colidiu com outro carro próximo a um posto de combustíveis. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento do acidente e, em seguida, o suspeito fugindo a pé do local, abandonando a vítima já gravemente ferida. A relação entre vítima e suspeito, segundo a polícia, era de amizade. Everton estaria se relacionando com a ex-companheira de Idirlei.

A autoridade responsável pelo inquérito, delegado Caio Albuquerque, afirmou que o suspeito pode ter usado o pedido de carona como armadilha. “Tudo indica que Everton foi atraído para uma emboscada, e a relação com a ex-mulher do autor pode ter sido o estopim”, explicou o delegado.
A brutalidade do assassinato e o envolvimento de figuras conhecidas na comunidade local têm ampliado a repercussão do caso em Mato Grosso. Amigos, familiares e antigos colegas de quadra lamentam a perda de Everton Boi, cuja trajetória vitoriosa no esporte foi interrompida de forma trágica.