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Mc Estudante é acusado de agressões e violência sexual por ex-namoradas

MC Estudante é acusado de agressões, cárcere privado e violência sexual por ex-namoradas – (crédito: Reprodução/X)

O rapper carioca Carlos Cardoso, de 28 anos, conhecido como Mc Estudante, se tornou alvo de denúncias graves de violência doméstica, cárcere privado e violência sexual. As acusações vieram a público nesta segunda-feira (24/6), após a ex-namorada do artista, Madu Paim, relatar nas redes sociais uma série de episódios de agressões, ameaças com faca e abuso psicológico.

Segundo Madu, os episódios ocorreram ao longo do relacionamento entre os dois. Entre as denúncias há relatos de estupro, agressões físicas com socos e mordidas, estrangulamento, invasões de privacidade, controle financeiro, além de ameaças de exposição de vídeos íntimos.

Ela afirma que em uma das agressões, foi mantida em cárcere privado por três dias, sem acesso ao celular, além de ter sido ameaçada de morte e agredida fisicamente.

Em outro relato mais grave, a jovem contou que foi estrangulada até desmaiar durante uma discussão motivada por ciúmes.

Em um vídeo que viralizou, o rapper é visto com uma faca na mão, aos gritos, enquanto ameaça Madu para que ela bloqueie alguém nas redes sociais.

“Esse MC da Educação, uma vez ganhou uma batalha com temática sobre feminismo em Niterói, enquanto eu estava com ele sob ameaça, na plateia e de olho roxo. Esse MC da Educação quase deixou meu filho sem mãe”, disse a ex-namorada em postagem.

Histórico de violência

Após publicação da jovem, outras duas ex-namoradas do rapper também vieram a público com acusações de violência. Beatriz Maia, afirmou em perfil que foi alvo das agressões físicas e abuso sexual durante um relacionamento com o artista, quando ainda era menor de idade.

A tatuadora Eduarda Merigueti também contou que há 6 anos — quando tinha 19 anos — também foi vítima do mesmo rapaz, mas não denunciou por medo. “Eu estava dirigindo, quando ele começou a me dar vários socos por ciúmes, porque havia pegado o meu telefone e lido minhas mensagens. Tinha um amigo dele no banco de trás do meu carro que viu toda a situação e não fez absolutamente nada”, contou.

Após denúncia de Madu Paim, outras vítimas que também sofreram violência pelo rapper se pronunciaram // Fotos divulgadas por Madu Paim, das agressões sofridas
(foto: Reprodução/Instagram (@madupaim))

Além de Madu, Beatriz e Eduarda, diversas outras mulheres — segundo relatos nas redes socias —, entraram em contato com a jovem para denunciar episódios semelhantes envolvendo o rapper.

Madu também mencionou episódios de violência ocorridos na presença de outras pessoas, incluindo MCs conhecidos do cenário de batalhas de rima. Ela ainda afirmou ter sido forçada a bloquear contatos profissionais e a se demitir de empregos por exigência do rapper.

Quem é MC Estudante?

Criado na comunidade da Vila Vintém, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, Carlos Cardoso ganhou notoriedade no rap por rimar sobre temas escolares e acadêmicos. O apelido veio justamente pela identidade construída nas batalhas de rima. Também ficou conhecido por se apresentar dentro de trens cariocas.

Desde 2013 na cena, o artista lançou, em 2018, o clipe Rima do Trem com apoio da gravadora Universal Music. Atualmente, o artista soma mais de 700 mil seguidores no Instagram e cerca de 100 mil ouvintes mensais no Spotify. Ele tem colaborações com nomes como Xamã e Choice.

Até o momento, o MC não se pronunciou oficialmente sobre as acusações. Em uma conta reserva no Instagram, ele escreveu que está sofrendo ataques e que teria descoberto uma traição por parte de Madu. “Vou responder sobre todos os ataques — essa menina é maluca. Descobri uma traição dela e vou postar os vídeos expondo”, afirmou.

Ele também declarou que deixou o Rio de Janeiro e está em outra cidade.

Madu afirma ter procurado a polícia e solicitado medidas protetivas com base na Lei Maria da Penha.

Em nota ao  a Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou a acusação. “A ocorrência foi registrada na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá e encaminhada para a Deam do Centro do Rio, que dará continuidade à investigação. O inquérito está sob sigilo”, informou.

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