
O Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC) do mês de agosto ficou em -0,11%, 0,37 ponto percentual abaixo da taxa de 0,26% registrada em julho. É a primeira deflação mensal desde agosto do ano passado.
De acordo com o IBGE, no mês passado, cinco dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados vieram com variação negativa, destacando-se os três de maior peso no índice: Habitação(-0,90%), Alimentação e Bebidas (-0,46%) e Transportes (-0,27%). No lado das altas, as variações ficaram entre o 0,75% de Educação e o 0,40% de Despesas Pessoais.
No caso do grupo Habitação, a queda registrada no mês significa o menor resultado para um mês de agosto desde o início do Plano Real, segundo o instituto. E essa queda teve contribuição decisiva da energia elétrica residencial, que registrou queda de 4,21% em decorrência da incorporação do Bônus de Itaipu (um repasse que ocorre quando há saldo positivo na Conta de Comercialização da Energia Elétrica da usina), creditado nas faturas emitidas no mês de agosto. “Ressalta-se que, em agosto, estava em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2, que adiciona R$ 7,87 na conta de luz a cada 100 Kwh consumidos”, diz o IBGE.
O grupo Alimentação e Bebidas, que tem o maior peso no índice, apresentou queda na média de preços pelo terceiro mês consecutivo (-0,18% em junho e -0,27 em julho). “A queda de agosto foi influenciada pela alimentação no domicílio, que caiu 0,83%, após a redução de 0,69% em julho, com destaque para as quedas do tomate (-13,39%), da batata-inglesa (-8,59%), da cebola (-8,69%), do arroz (-2,61%) e do café moído (-2,17%)”, diz a nota do IBGE.
Ainda de acordo com o IBGE, a variação no grupo Transportes (-0,27%) reflete a queda nas passagens aéreas (-2,44%) e nos combustíveis (-0,89%). “Em agosto houve redução nos preços no gás veicular (-1,27%), na gasolina (-0,94%) e no etanol (-0,82%) enquanto o óleo diesel subiu 0,16%”, diz a nota.