Os Estados Unidos voltam a enfrentar o risco de um “shutdown” a partir de 1º de outubro, caso democratas e republicanos não cheguem a um acordo sobre o orçamento federal. O alerta foi feito pelo presidente Donald Trump na sexta-feira (19), durante declarações à imprensa.
Segundo ele, ainda haverá novas tentativas de negociação com a oposição, mas a hipótese de paralisação parcial do governo não está descartada. Trump assegurou, no entanto, que serviços essenciais, como Previdência Social e forças armadas, não seriam impactados.
O presidente aproveitou para responsabilizar os democratas pelo impasse. “Se não houver consenso, muitas propostas deles não terão como ser financiadas. Vamos ver como explicam isso aos seus eleitores”, afirmou.
Votação no Senado
O projeto de lei que garante recursos para o funcionamento do governo já passou pela Câmara dos Representantes. No Senado, porém, é necessário alcançar 60 votos. Os republicanos contam com 53 cadeiras, o que obriga a busca de apoio democrata. “Não sei se é possível negociar com essas pessoas”, disse Trump, em tom crítico.
Antes disso, duas propostas de financiamento foram rejeitadas: a dos republicanos obteve 48 votos e a dos democratas, 47. O recesso legislativo previsto para a próxima semana aumenta ainda mais a incerteza sobre um acordo.
Histórico de paralisações
O atual financiamento do governo, aprovado em março, vence em 30 de setembro. Se não houver consenso, órgãos e programas federais deverão suspender parte de suas atividades, deixando centenas de milhares de servidores sem remuneração temporária.
Desde 1977, os EUA já enfrentaram mais de 20 paralisações do tipo. A mais longa ocorreu entre 22 de dezembro de 2018 e 25 de janeiro de 2019, também na gestão de Trump, quando o país ficou 35 dias em “shutdown”.
