A Comissão sobre Mortos e Desaparecimentos Pilíticos encontrou as ossadas que ficam no memorial em homenagem aos mortos pela ditadura militar, no Cemitério de Ricardo de Albuquerque, em situação de deterioração.

O memorial, que fica localizado no Rio de Janeiro, tem três prateleiras de cada lado que armazenavam as ossadas. O material era organizado por tipo de osso: uma para crânios, uma para membros inferiores e outra para membros superiores.
Além disso, também tinha gotejamento nas paredes e no teto. Em audiência pública realizada na quinta-feira (22/5), a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos sugeriu melhorias para aumentar a ventilação e vedar fendas que permitem entrada de água no ossário.
A situação de deterioração encontrada pela equipe pode dificultar o processo de obter material genético para identificar pessoas que desapareceram durante a ditadura militar no Brasil que ocorreu de 1964 a 1985.
Na quarta-feira (21/5), peritos foram ao cemitério Ricardo de Albuquerque para levantar informações sobre possíveis locais de inumação (sepultamento), ocultação ou destruição de remanescentes ósseos de mortos e desaparecidos políticos. A ação teve o objetivo de fazer um diagnóstico inicial na tentativa de identificação de pelo menos 15 desaparecidos políticos que foram inumados no local.