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Após reunião inédita com Trump, Lula afirma: “Estou otimista”

Foto: Pablo Sanhueza/Reuters

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (24) que está otimista em relação ao diálogo com Donald Trump. Segundo ele, a reunião em Nova York transformou “o que parecia impossível em realidade”. A declaração foi dada durante coletiva de imprensa antes de seu retorno ao Brasil. Também participaram do encontro a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o embaixador do Brasil na ONU, Sérgio Danese.

Lula relatou ter se surpreendido positivamente com a aproximação com o republicano e destacou a boa “química” entre os dois. O primeiro contato oficial, de acordo com o presidente, deve ocorrer em breve de forma virtual.

“Fiquei feliz quando ele falou, na COP, que surgiu uma química boa entre nós. Como acredito que a relação humana é 80% química e 20% emoção, considero essa conexão muito importante. Torço para que dê certo, porque Brasil e Estados Unidos são as duas maiores democracias do continente”, afirmou.

O presidente atribuiu atritos recentes entre os dois países a uma “desinformação” de Trump sobre o Brasil. Questionado sobre data e pautas da próxima reunião, evitou dar detalhes para não prejudicar as negociações.

Durante seu discurso de abertura na Assembleia Geral da ONU, Lula criticou intervenções unilaterais e sanções impostas a países, sem mencionar diretamente os Estados Unidos. Segundo ele, o multilateralismo vive uma “nova encruzilhada”.

Lula também comentou a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmando que o processo respeitou o amplo direito de defesa. Ele reforçou que não aceita interferência internacional no caso e criticou a atuação de “falsos patriotas”.

“Não há pacificação com impunidade. Há poucos dias, e pela primeira vez em 525 anos de nossa história, um ex-chefe de Estado foi condenado por atentar contra o Estado democrático de Direito. Foi investigado, indiciado, julgado e responsabilizado. Teve amplo direito de defesa, prerrogativa que ditaduras negam às suas vítimas”, declarou.

A Assembleia Geral da ONU segue até a próxima segunda-feira (29), reunindo chefes de Estado e representantes de diversos países.

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