
Ela resolveu mandar o papo-reto. Sim, um sincericídio na sua expressão máxima. Michelle Bolsonaro, que diariamente é colocada por boa parte do bolsonarismo como a futura candidata à Presidência da República pela extrema direita em 2026, já que seu marido criminoso está condenado e aguardando ordem de remoção para a prisão, falou o português claro.
A declaração cai como uma bomba não apenas por revelar o óbvio, que é o apego dela aos encantos palacianos desfrutados por quem é da família de um chefe de Estado, até porque, durante sua passagem pelo Alvorada, Michelle ficou conhecida mesmo pelos passeios com o inseparável maquiador uruguaio Augustin Fernandez, pelos desfiles de modelitos e pelas tentativas de parecer relevante em eventos internacionais nos quais o então casal presidencial era ignorado devido à insignificância de seu marido. O problema está no fato de cogitar a candidatura de uma pessoa que, se vencer, terá que “governar” o Brasil, mas que diz abertamente que não deseja isso.
“Nós somos mulheres que acolhem, que alimentam, que ajudam, que cuidam e defendem os seus como leoa. Nós vamos defender a nossa família. O meu marido está dentro de casa, mas, se ele quiser, eu serei a voz dele nos quatro cantos dessa nação. Eu não vou baixar a minha cabeça diante dessa injustiça. E ajoelho todos os dias, e oro, e peço a Deus que eles venham receber tudo o que eles fizeram de mal contra pessoas inocentes”, acrescentou a mulher que “só quer ser primeira-dama”.