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Repórter expõe contradições de deputados bolsonaristas durante protesto na Câmara

Foto: Reprodução

Um protesto organizado por deputados bolsonaristas na Câmara dos Deputados ganhou repercussão nas redes sociais, tanto pelas imagens inusitadas quanto por um momento marcante do jornalismo político brasileiro.

Na área externa do Congresso Nacional, parlamentares usaram esparadrapos na boca como forma de protesto contra o Supremo Tribunal Federal. Alegavam censura e perseguição política após a decisão que colocou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em prisão domiciliar. Também pediam o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, acusando-o de abuso de autoridade e ataques à liberdade de expressão.

Durante a coletiva improvisada, o repórter Humberto Sampaio, do portal BNews, fez uma pergunta direta que desestabilizou os deputados:

“Desde quando descumprir ordem judicial virou facultativo no Brasil?”

A pergunta gerou silêncio entre os manifestantes. Sem uma resposta clara, os parlamentares passaram a repetir frases de efeito, evitando o mérito do questionamento. O jornalista ainda mencionou casos recentes de desobediência judicial envolvendo aliados de Bolsonaro, como o senador Marcos do Val e o próprio ex-presidente, reforçando a gravidade do tema.

O vídeo da entrevista rapidamente viralizou nas redes sociais. Muitos internautas elogiaram a postura do repórter, destacando a importância de uma cobertura jornalística firme, capaz de confrontar discursos prontos com dados e argumentos objetivos.

Participaram do ato os deputados Cabo Gilberto (PL-PB), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Rodrigo Dazaeli (PL-MT) e Hélio Lopes (PL-RJ). O deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO), que costuma integrar o grupo, não esteve presente.

Durante a manifestação, os parlamentares afirmaram que Moraes estaria instaurando um “estado policial” no país. Também questionaram a legalidade da decisão que levou à prisão de cinco aliados, após os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

O episódio expôs a teatralidade de certos atos políticos, mas também reforçou o papel fundamental do jornalismo que questiona, investiga e confronta versões convenientes com fatos, uma prática cada vez mais necessária diante da radicalização e da desinformação no debate público.

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