PUBLICIDADE

PGR pede condenação de Bolsonaro por tentativa de golpe e ataques à democracia

PGR pede ao STF condenação de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou nesta segunda-feira (15) ao Supremo Tribunal Federal um pedido de condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por uma série de crimes ligados à tentativa de ruptura institucional após as eleições de 2022. A manifestação faz parte das alegações finais da ação penal que investiga uma suposta conspiração para um golpe de Estado.

De acordo com a PGR, Bolsonaro teria liderado um grupo criminoso armado com o objetivo de deslegitimar o sistema eleitoral brasileiro, estimular ataques contra instituições democráticas e articular a adoção de medidas autoritárias.

A Procuradoria acusa o ex-presidente pelos seguintes crimes:

  • Organização criminosa armada (Lei 12.850/2013)
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito (art. 359-L do Código Penal)
  • Tentativa de golpe de Estado (art. 359-M do Código Penal)
  • Dano qualificado contra o patrimônio da União (art. 163, parágrafo único, do Código Penal)
  • Deterioração de patrimônio tombado (Lei 9.605/1998)

A investigação aponta que o núcleo próximo a Bolsonaro planejou e articulou atos visando subverter a ordem constitucional e impedir a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.

Outros envolvidos no processo

Além de Bolsonaro, a PGR também solicitou a condenação de ex-ministros, militares e aliados diretos do ex-presidente, que teriam integrado ou apoiado o plano golpista. Entre os nomes citados, estão:

Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin e atual deputado federal):

  • Organização criminosa armada
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  • Golpe de Estado

Almir Garnier (ex-comandante da Marinha):

  • Organização criminosa armada
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  • Tentativa de golpe de Estado
  • Dano qualificado contra o patrimônio da União
  • Deterioração de patrimônio tombado

Anderson Torres (ex-ministro da Justiça):

  • Organização criminosa armada
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  • Golpe de Estado
  • Dano qualificado contra o patrimônio da União
  • Deterioração de patrimônio tombado

Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional):

  • Organização criminosa armada

Braga Netto (ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro):

  • Organização criminosa armada
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  • Tentativa de golpe de Estado
  • Dano qualificado contra o patrimônio da União
  • Deterioração de patrimônio tombado

Colaboração de Mauro Cid

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, é tratado como réu colaborador. A PGR reconhece que ele forneceu informações relevantes sobre a estrutura do grupo investigado. No entanto, o órgão afirma que sua colaboração teve omissões importantes e, por isso, defende que ele receba apenas a redução de um terço da pena, sem acesso ao perdão judicial.

Entre as condutas atribuídas a Cid estão sua participação nos planos golpistas, ataques às instituições como o STF e o TSE, e a propagação de informações falsas sobre a legitimidade das eleições.

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!

PUBLICIDADE

RECENTES

MAIS NOTÍCIAS