Na manhã desta terça-feira (29), o plenário da Câmara Municipal de Teresina rejeitou a proposta de projeto de lei do vereador Petrus Evelyn (PP) que visava proibir a atuação de flanelinhas — ou guardadores de carros informais — na capital piauiense. A maioria dos vereadores optou pelo arquivamento da matéria, mantendo a atual situação da atividade na cidade.
Apesar da derrubada do projeto, o debate em torno do tema ganhou novos contornos durante a sessão. Parte dos parlamentares defendeu que o município avance na criação de um sistema de cadastramento e regulamentação dos guardadores de veículos, incluindo a exigência de identificação e regras claras para cobrança pelos serviços.
Autor do projeto, Petrus Evelyn criticou a decisão da Casa e reafirmou que os flanelinhas não representam uma necessidade para a população. “Não existe essa demanda por esse serviço. Se os flanelinhas do Centro sumissem de um dia para o outro, o Centro ia se tornar menos seguro? Claro que não”, afirmou o vereador. Segundo ele, a atividade de guardador autônomo veicular já é regulamentada por lei, o que diferencia essa profissão da atuação dos flanelinhas.
“O flanelinha é o sujeito que aborda as pessoas, ele não tem autorização alguma. Ele chega numa rua e diz: ‘essa rua aqui é minha, e quem parar aqui eu vou danificar o carro se não me der algum valor’. Isso é uma extorsão, isso é um crime previsto no Código Penal, mas mesmo assim os vereadores preferiram manter esse crime ocorrendo na nossa cidade”, declarou o parlamentar. Ele garantiu que continuará insistindo na pauta para tentar convencer os colegas sobre a necessidade de mudanças.
A discussão sobre os flanelinhas em Teresina deve seguir em pauta nos próximos meses, agora com foco na possível regulamentação da atividade. A expectativa é que novas propostas sejam apresentadas para buscar equilíbrio entre o ordenamento urbano, a segurança dos motoristas e a inclusão social dos trabalhadores informais.