
A Comissão Europeia autorizou nesta quinta-feira (25) a comercialização do Kisnula, medicamento de última geração desenvolvido pelo grupo Eli Lilly para o tratamento da doença de Alzheimer. O fármaco poderá ser usado para pacientes com comprometimento cognitivo leve, incluindo aqueles com demência nos estágios iniciais.
Segundo a Comissão Europeia, a autorização vem acompanhada de condições rigorosas para uso. O Kisunla é recomendado apenas para pacientes com uma disposição genética específica e exige medidas de monitoramento e rotulagem para mitigar riscos. “A decisão de autorização estabelece critérios claros para a utilização do medicamento, garantindo segurança e eficácia aos pacientes”, afirmou a instituição em comunicado.
O medicamento foi aprovado após avaliação científica positiva da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), que definiu que o Kisunla será destinado ao tratamento da doença de Alzheimer sintomática em estágio inicial, exclusivamente em adultos que sejam não portadores ou heterozigotos para apolipoproteína E4.
Disponível como concentrado de 350 mg para solução de infusão, o Kisunla tem como princípio ativo o donanemabe. Estudos da EMA indicam que o fármaco reduz a progressão dos déficits cognitivos e funcionais associados à doença. Entre os efeitos colaterais mais comuns estão alterações em exames de imagem relacionadas ao amiloide (ARIA) e dor de cabeça.
No Brasil, o Kisunla foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em abril de 2025. O medicamento já havia sido liberado anteriormente nos Estados Unidos pela Food and Drug Administration (FDA).
Especialistas ressaltam que, embora o Kisunla não cure o Alzheimer, ele representa um avanço importante no tratamento precoce da doença, oferecendo novas perspectivas para pacientes que enfrentam os primeiros sinais de comprometimento cognitivo.