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Trump restringe viagem de Padilha, mas ministro garante avanços na saúde

Foto: Cristiano Mariz

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou neste sábado (27) que as restrições impostas pelo presidente Donald Trump à sua circulação nos Estados Unidos não vão impedir o Brasil de avançar em parcerias internacionais na área da saúde. Segundo ele, os entraves podem atrasar encontros presenciais, mas não inviabilizam os acordos.

Padilha não embarcou para os EUA após as medidas adotadas pelo governo americano no mês passado. Sua esposa e a filha de 10 anos tiveram os vistos cancelados. O do ministro já estava vencido desde 2019.

Trump autorizou a entrada de Padilha apenas para a Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, mas limitou seus deslocamentos ao hotel, à sede da entidade e a hospitais em caso de emergência. A participação do ministro na reunião da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em Washington, continuou vetada.

Mesmo com as restrições, Padilha garantiu que a cooperação segue em andamento. Ele destacou que empresas dos EUA já transferiram tecnologia ao Brasil, como a da vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), responsável por casos graves de bronquiolite em bebês. O imunizante começa a ser aplicado no Sistema Único de Saúde (SUS) em novembro. Há também iniciativas conjuntas voltadas à insulina e a insumos médicos.

O ministro comentou ainda as tarifas impostas pelo governo Trump a produtos brasileiros, que atingiram setores ligados à saúde bucal. De acordo com ele, a estratégia do governo é trabalhar junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e à indústria nacional para reduzir os impactos e diversificar os mercados.

Durante agenda no Rio de Janeiro, Padilha anunciou que o SUS passará a distribuir gratuitamente o implante contraceptivo Implanon, que hoje pode custar até R$ 5 mil na rede privada. A previsão é de que 500 mil unidades estejam disponíveis até o fim do ano. Ele também participou da entrega de obras de recuperação do Hospital Federal do Andaraí, que recebeu investimentos de R$ 600 milhões.

 

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