O Tribunal Regional Eleitoral do Piauí decidiu manter a prisão domiciliar da vereadora Tatiana Teixeira Medeiros (PSB) e o afastamento dela do mandato na Câmara Municipal de Teresina. A decisão foi tomada por unanimidade durante sessão realizada na terça-feira (16).
Com a deliberação, Tatiana continua obrigada a cumprir prisão domiciliar, utilizar tornozeleira eletrônica e permanecer proibida de manter contato com servidores da Câmara. Também permanece válida a determinação que impede seu retorno às atividades parlamentares enquanto as medidas estiverem vigentes.
A defesa da vereadora havia solicitado a revogação das restrições, mas o plenário acompanhou o parecer do Procurador Regional Eleitoral, Kelston Pinheiro Lages, que se manifestou pela continuidade das cautelares.
Tatiana Medeiros foi presa em abril de 2025 durante uma operação da Polícia Federal, que apura o suposto envolvimento da parlamentar com facção criminosa, além de suspeitas de corrupção eleitoral e uso de recursos ilícitos na campanha. Após dois meses em regime fechado, a Justiça converteu a prisão para o formato domiciliar em razão de problemas de saúde comprovados por laudos médicos.
Ao rejeitar o pedido de liberdade provisória, os magistrados afirmaram que não houve mudança nas circunstâncias do caso que justificasse a flexibilização das medidas. Para o TRE, ainda há risco à ordem pública e à condução da investigação.
O processo que envolve a vereadora segue em andamento. A estimativa é de que o julgamento não seja concluído antes do início de 2026. Até lá, Tatiana continuará submetida às restrições impostas pela Justiça Eleitoral.
