
Entre os dias 3 e 5 de junho, Teresina registrou sete casos confirmados de hanseníase durante uma ação promovida pela Carreta da Hanseníase, do projeto Roda-Hans. No total, foram realizados 122 atendimentos na capital.
A iniciativa é uma parceria entre o Ministério da Saúde, a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) e o laboratório Novartis.
O objetivo da ação foi ampliar o acesso ao diagnóstico precoce da doença e fortalecer a vigilância ativa, principalmente em áreas com maior vulnerabilidade. Além do atendimento clínico à população. Segundo a médica infectologista e gerente de epidemiologia da FMS, Amparo Salmito, a ação foi fundamental para melhorar a qualidade do atendimento oferecido na rede pública de saúde.
“Foi uma ação essencial para assegurar que mais pessoas tenham acesso ao diagnóstico e ao tratamento adequado”, destacou.
A hanseníase é uma doença infecciosa causada pelo bacilo de Hansen, que atinge principalmente a pele e os nervos periféricos. Se não tratada a tempo, pode causar incapacidades físicas. Apesar disso, a doença tem cura e o tratamento é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A hanseníase pode se manifestar por meio de sintomas como manchas claras ou avermelhadas na pele com perda de sensibilidade ao calor, dor ou toque. Outros sinais incluem formigamento, dormência em extremidades, fraqueza muscular e lesões que não cicatrizam.
O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações e a transmissão da doença. O tratamento é gratuito e oferecido pelo SUS, por meio de antibióticos combinados (poliquimioterapia), com duração que varia de 6 a 12 meses, dependendo da forma clínica da doença. Durante o tratamento, o paciente deixa de transmitir a hanseníase logo nas primeiras doses.