PUBLICIDADE

SUS anuncia avanços em transplantes e modernização no processo de doação

Foto: Walterson Rosa/MS

O Sistema Único de Saúde vai ampliar a oferta de transplantes ainda este ano. Entre os procedimentos que passam a ser realizados estão o transplante de intestino delgado e o multivisceral, antes inexistentes na rede pública. Os principais beneficiados serão pacientes com falência intestinal, que terão acesso ao tratamento completo, desde a fase de reabilitação até o acompanhamento após a cirurgia. Em um primeiro momento, cinco hospitais em São Paulo e no Rio de Janeiro serão responsáveis por essas operações.

A Política Nacional de Doação e Transplantes, oficializada em portaria do Ministério da Saúde, também traz inovações tecnológicas que devem acelerar processos e melhorar os resultados clínicos. Um dos exemplos é a utilização da membrana amniótica, extraída da placenta após o parto, no tratamento de queimaduras. Esse recurso já mostrou eficácia na cicatrização, na redução da dor e na prevenção de infecções, podendo beneficiar mais de 3 mil pessoas por ano, especialmente crianças.

Outra novidade é a adoção da prova cruzada virtual, exame de compatibilidade realizado de forma remota. Essa ferramenta aumenta a segurança, reduz riscos de rejeição e permite que cirurgias de urgência sejam feitas dentro do tempo ideal.

A portaria também cria regras específicas para pacientes que aguardam transplante de rim e apresentam alta sensibilização imunológica, geralmente causada por gestações ou transfusões anteriores. Como esse grupo tem dificuldade em encontrar órgãos compatíveis, a nova prioridade deve reduzir a espera e ampliar as chances de sucesso. No caso dos transplantes de medula óssea, o teste de quimerismo, usado para identificar rejeição e orientar condutas médicas, passa a ser oferecido regularmente.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que a medida fortalece a equidade no acesso e organiza de forma inédita o Sistema Nacional de Transplantes, criado em 1997. Ele ressaltou ainda que a redistribuição macrorregional vai permitir o envio mais rápido de órgãos aos hospitais, aproveitando as rotas aéreas e garantindo que cheguem em tempo adequado.

Com essas mudanças, o Brasil reforça sua posição como o terceiro país do mundo em número de transplantes. Apesar de ficar atrás apenas de Estados Unidos e China, é o único entre os três que realiza os procedimentos de maneira totalmente gratuita dentro de um sistema público de saúde.

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!

PUBLICIDADE

RECENTES

MAIS NOTÍCIAS