
Junho é o mês em que as ruas se enchem de cor, música e alegria, mas essa festa tem raízes profundas na coragem e na luta daqueles que, há mais de 50 anos, decidiram que não iriam mais aceitar o silêncio e a violência.
Na madrugada de 28 de junho de 1969, no bar Stonewall Inn, em Nova York, pessoas LGBTQIA+ cansadas de sofrer abusos e discriminação reagiram com força a uma batida policial violenta. Foi ali, entre protestos e fogo, que nasceu um movimento que mudaria para sempre a história da luta por direitos e dignidade.
O orgulho que hoje celebramos não é apenas uma festa, é um grito de resistência. É a coragem de quem ousa existir num mundo que insiste em negar sua humanidade. É a memória viva de figuras como Marsha P. Johnson e Sylvia Rivera, que enfrentaram o preconceito com bravura para que outras pessoas pudessem viver com liberdade.
No Brasil e no mundo, o Mês do Orgulho é esse momento mágico onde a dor e a resistência se transformam em celebração. Celebrar é lembrar que, apesar dos riscos, o amor e a diversidade sempre triunfam. É festa nas ruas, nos corações e na alma de quem não quer mais se esconder.
Mas celebrar também é compromisso. Compromisso de continuar lutando por políticas públicas, saúde, educação e respeito — para que nenhuma pessoa LGBTQIA+ precise viver com medo.
Que o orgulho seja festa, sim, mas acima de tudo, um ato de coragem e esperança para todas as gerações que vêm por aí.