PUBLICIDADE

STF retoma debate sobre o marco temporal para demarcação de terras indígenas

Indígena durante manifestação contra a lei 14.701/2023 (“lei do marco temporal”) em frente ao STF | Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal deverá reabrir, na quarta-feira, dia 10, o debate sobre a validade da tese do marco temporal utilizada para a demarcação de terras indígenas no país. A sessão será dedicada exclusivamente à apresentação das sustentações orais das partes interessadas. A fase de votação dos ministros ainda não tem data definida.

A análise volta à Corte em meio a um embate prolongado entre o Judiciário e o Congresso Nacional em torno do tema. Em 2023, o STF rejeitou a tese do marco temporal, considerando-a incompatível com a Constituição. Mesmo assim, o Congresso aprovou posteriormente um projeto de lei restabelecendo a regra. O texto chegou a ser vetado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas o veto acabou derrubado pelos parlamentares, o que fez a legislação entrar em vigor.

Com isso, voltou a prevalecer a interpretação de que os povos indígenas só teriam direito às áreas que ocupavam em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição, ou àquelas que estivessem sob disputa judicial naquele período.

A derrubada do veto presidencial provocou novas movimentações judiciais. Siglas como PL, PP e Republicanos acionaram o Supremo para defender a validade da lei aprovada pelo Congresso. Já organizações indígenas e partidos aliados ao governo recorreram novamente para questionar a constitucionalidade da norma.

O novo julgamento do STF deverá definir, de forma definitiva, se o marco temporal permanece válido ou se a legislação aprovada pelos parlamentares será invalidada.

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!

RECENTES

MAIS NOTÍCIAS