O prefeito Silvio Mendes (União Brasil) denunciou, nesta quinta-feira (27), que as concessionárias responsáveis pela limpeza urbana da capital deixaram de pagar garis e caminhoneiros, mesmo tendo recebido os repasses financeiros da Prefeitura desde janeiro. Além disso, ele apontou irregularidades na gestão anterior, incluindo supostos pagamentos a cerca de mil funcionários fantasmas.
Mendes afirmou que fraudes foram detectadas no sistema de medição do aterro sanitário, usado para calcular os valores devidos às empresas. “A balança estava quebrada, e o sistema eletrônico de pesagem dos caminhões foi adulterado. Como pagar uma dívida que claramente era ilegal?”, questionou.
Diante do cenário, o prefeito declarou que não quitará os débitos pendentes e anunciou um ajuste nas contas para reduzir despesas até dezembro. A Procuradoria Geral do Município (PGM) e a Empresa Teresinense de Desenvolvimento Urbano (Eturb) foram acionadas para levar o caso ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e assegurar o pagamento dos trabalhadores.
“É preciso colocar as coisas no lugar. Determinei que a Procuradoria e a Eturb atuem no Tribunal do Trabalho para garantir os salários dos garis e caminhoneiros, que prestam um serviço essencial à cidade”, reforçou Mendes.
O prefeito também estabeleceu que, a partir de agora, os repasses às empresas só serão feitos após a comprovação do pagamento em dia aos funcionários. A situação deve ser acompanhada de perto nos próximos dias, enquanto as investigações sobre as irregularidades avançam.