
247 – A jovem Tainara Souza, de 31 anos, morreu na noite desta quarta-feira (24), véspera de Natal, após permanecer 25 dias internada em razão de um ataque brutal ocorrido na Marginal Tietê, uma das principais vias expressas de São Paulo. A informação foi confirmada por familiares e pela advogada da vítima, de acordo com reportagem publicada por O Globo.
A jovem deixa dois filhos: um menino de 12 anos e uma menina de 7.
Depois do atropelamento, Tainara foi encaminhada inicialmente ao Hospital Municipal Vereador José Storopolli. Em seguida, devido à gravidade do quadro, foi transferida ao Hospital das Clínicas, onde permaneceu até a morte.
A sequência de cirurgias e amputações reforça a dimensão da violência do ataque, que provocou lesões graves e irreversíveis. A morte da vítima também reacende o debate sobre a escalada da violência contra mulheres e a necessidade de resposta rápida e efetiva das instituições diante de sinais de risco.
Ex-companheiro foi identificado e preso; caso é investigado como tentativa de feminicídio
De acordo com as informações divulgadas, o motorista que atropelou a vítima e fugiu do local é um homem com quem Tainara havia mantido um relacionamento. O suspeito foi identificado pela Polícia Civil e está preso.
Durante a abordagem, segundo o relato oficial, ele teria tentado retirar a arma de agentes policiais, que reagiram e o atingiram no braço.
“Mais uma tentativa de feminicídio”, diz advogado
A indignação da família e dos representantes legais ganhou repercussão pública. Um dos advogados de Tainara, Fabio Costa, escreveu em uma rede social:
“Mais uma tentativa de feminicídio. Vamos em busca de justiça”
A frase sintetiza o entendimento da defesa sobre a gravidade do crime e a expectativa de responsabilização do agressor.
Discussão teria precedido o ataque, segundo apuração
Segundo informações atribuídas à TV Globo, a investigação aponta que o suspeito teria discutido com Tainara após vê-la acompanhada de outro homem em um bar. Em seguida, ele teria entrado no carro e atropelado a ex-companheira.
Família pede justiça e caso provoca comoção em SP
A morte de Tainara encerra uma luta médica marcada por intervenções agressivas e sofrimento prolongado, mas abre um novo capítulo na busca por justiça, conduzida pela família e pelos advogados da vítima.
O crime, classificado como tentativa de feminicídio, reforça o alerta sobre o risco extremo que muitas mulheres enfrentam após o término de relações e expõe a urgência de políticas públicas efetivas de proteção, prevenção e responsabilização de agressores.






