
A presidente do Sinte-PI, Paulina Almeida, participou entre os dias 17 e 19 de setembro de uma série de atividades em Brasília organizadas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
Segundo a dirigente, os debates trataram de temas que afetam diretamente a classe trabalhadora, como os impactos das políticas neoliberais na educação, o avanço da privatização e a precarização do trabalho docente e de outros profissionais da área.
Paulina destacou que os governos vêm estruturando a educação de forma cada vez mais alinhada às necessidades do mercado, priorizando cursos rápidos e o ensino a distância, o que, segundo ela, compromete a aprendizagem significativa dos estudantes e enfraquece a autonomia escolar.
“Os governos, sob a lógica da eficiência e da inovação, adotam cada vez mais práticas privatistas que precarizam o trabalho dos profissionais e colocam em risco a autonomia das escolas”, afirmou.
A dirigente também reforçou a necessidade de aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE) e alertou que o Sistema Nacional de Educação, já aprovado, não contempla plenamente as demandas da categoria.
Outro ponto levantado foi a preocupação com a PEC da blindagem, recentemente votada no Congresso Nacional. Paulina criticou a medida, que dificulta a responsabilização de parlamentares, e demonstrou temor de que a proposta se espalhe para assembleias legislativas e câmaras municipais.
“Eles estão defendendo quem? Estão defendendo o nariz deles? Então, a gente fica preocupada com uma situação dessa. Em quem confiar?”, questionou.
Ao final, a presidente agradeceu aos dirigentes que acompanharam a comitiva do Piauí e destacou que a mobilização sindical continuará. Entre as próximas ações, estão a Marcha Nacional do Serviço Público contra a Reforma Administrativa, marcada para 29 de outubro, em Brasília, e a Marcha dos Aposentados, que ocorrerá no dia 11 de novembro, no Piauí.