A Justiça Eleitoral de São Paulo decretou que o prefeito Taka Yamauchi seja condenado a prisão após associar Lula e o chefe do PCC, Marcola.
Isso porque o prefeito de Diadema, em São Paulo, do MDB, “confundiu” um assessor de Lula de nome Marco cujo apelido é Marcola, com o famoso líder do PCC Marcola.
A Justiça Eleitoral condenou o político por injúria e difamação contra Marco Aurélio Santana Ribeiro, chefe do gabinete pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como informa a jornalista Mônica Bergamo da Folha de S.Paulo.
Prefeito é condenado por ofender assessor de Lula
A pena definida é de seis meses e 25 dias de detenção em regime inicial aberto, fora dez dias-multa. Ainda cabe recurso. A condenação vem após o então candidato dizer em debate em 2024 que “o Brasil vem sofrendo há muito tempo com o crime organizado” e que “inclusive o tal de Marcola, lá de Brasília, de forma irregular, mandou dinheiro aqui pra Diadema”.
A sentença diz que a declaração “não deixa dúvidas quanto ao seu potencial ofensivo”. O documento destaca também que é “de conhecimento notório que ‘Marcola’, e não a vítima, é um dos líderes da facção criminosa denominada PCC”, o que seria inevitável para o público a associação com o criminoso.
A defesa de Yamauchi disse que a fala foi genérica e sem intenção de ofender, baseada no que a imprensa dizia. A Justiça rebateu que “as matérias jornalísticas […] jamais mencionaram a palavra ‘crime organizado’ e nem tampouco a relacionaram à vítima”.
Dessa forma, Yamauchi “simplesmente juntou fatos de reportagens distintas” e “criou a sua própria história, inserindo palavras ofensivas à reputação e à dignidade da vítima”.
