Crime ocorreu no Norte do Piauí e resultou na exoneração do agente, publicada no Diário Oficial do Estado.

Um agente da Polícia Civil do Piauí, identificado como Ivan Machado Veras, foi demitido após ser acusado de estuprar uma adolescente de 16 anos dentro da delegacia de Barras (PI). A demissão foi publicada no Diário Oficial do Estado nessa segunda-feira (20).

O crime teria ocorrido em junho de 2024, quando a menor procurou a delegacia para obter uma cópia de uma medida protetiva. De acordo com o depoimento da vítima, presente na decisão de demissão, o agente Ivan Machado Veras, que estava sozinho na delegacia, a conduziu até um alojamento nos fundos do prédio, área de acesso restrito aos servidores. No local, a adolescente relatou ter sofrido diversos abusos sexuais.

 

A vítima declarou em depoimento que não reagiu à agressão por se sentir intimidada pela arma de fogo que o policial portava. Ela também relatou que o agente não usou preservativo e, após o estupro, a orientou a não contar o ocorrido a ninguém, prometendo “pagá-la” e “ajudá-la”.

Dias após o crime, a adolescente, temendo uma possível gravidez, procurou um posto de saúde e relatou a violência sofrida. O médico, seguindo o protocolo, realizou uma notificação compulsória ao Conselho Tutelar, que acompanhou a adolescente até a delegacia para formalizar a denúncia.

 

A decisão de demissão, assinada pelo secretário de Segurança Pública, Chico Lucas, considerou a gravidade das condutas atribuídas ao servidor, incluindo a prática de ato definido como infração penal e o uso da repartição policial para a prática do abuso sexual contra uma menor de idade. O secretário também destacou a incompatibilidade da conduta com a função pública e a dignidade da função policial.

 

O processo administrativo disciplinar instaurado para apurar o caso ouviu a vítima e o acusado, garantindo o direito à ampla defesa. O policial chegou a ser preso preventivamente e teve o porte de arma suspenso durante as investigações da Corregedoria da Polícia Civil. A decisão final pela demissão considerou as provas apresentadas e a gravidade dos fatos, que configuram crime e transgressão disciplinar, conforme o Estatuto da Polícia Civil.

RevistaAZ

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