O coronel Newmarcos, da Corregedoria-Geral da Polícia Militar do Piauí, explicou que os cabos presos durante operação da Polícia Federal ainda não foram ouvidos ainda no âmbito da corporação, já que o processo criminal segue em paralelo na Justiça Federal. Assim que a Corregedoria receber a documentação oficial, os dois serão formalmente submetidos a um Conselho de Disciplina e podem até ser expulsos da corporação.
Os policiais militares são suspeitos de participarem do esquema de arrombamento de caixas eletrônicos que causou um prejuízo milionário a instituições bancárias no Piauí. Os alvos foram presos durante a Operação Subversivos, deflagrada hoje pela PF. Os cabos da PM-PI detidos são: Fabrício de Sousa Vanderley e Hermes Ferreira de Andrade Filho.
Segundo o coronel, caso o Conselho de Disciplina entenda que os policiais agiram de forma incompatível com os valores da corporação, eles poderão ser exonerados. O corregedor explicou que o trabalho exercido pelos cabos envolvidos era o ostensivo, típico de policiamento de rua, mas os detalhes sobre a suposta colaboração com os criminosos seguem sob sigilo da Polícia Federal.
“O processo roda criminalmente pela Polícia Federal através da Justiça Federal e o que cabe a corregedoria agora é abrir processo administrativo Internos que poderão culminar com a exclusão desses elementos da nossa corporação, disse o coronel.
Informações privilegiadas

O delegado da Polícia Federal, José Nunes, também explicou à TV Antena 10, como funcionava a participação dos policiais militares no esquema. As investigações também apontaram que agentes públicos, valendo-se dos cargos que ocupavam, teriam fornecido informações privilegiadas para facilitar a ação do grupo e garantir o sucesso dos crimes em, pelo menos, cinco ações criminosas no estado.
Após a audiência de custódia, os dois cabos deverão ser encaminhados ao presídio militar, vinculado à Corregedoria da PM.