O piloto Mauro Caputti Mattosinho, que denunciou o senador Ciro Nogueira (PP-PI), o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, e o Primeiro Comando da Capital (PCC), diz estar com medo e pede ajuda. Em vídeo postado nas redes sociais, ela afirma:
“Eu tô com medo, bastante, mas a indignação de tanto tempo um dia ficou maior que o medo. Não podemos esquecer nossa capacidade de nos indignar, porque indignados e juntos a gente consegue virar o jogo. Eu sou um piloto, um cara comum que eu vi e ouvi muita coisa. E eu sei que não sou o único. As mensagens que eu tenho recebido me fazem acreditar nisso.
Relembre o caso,
Piloto de jatinhos usados por líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) – e que teriam o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, como “dono oculto” -, Mauro Caputti Mattosinho, de 38 anos, confirmou ter levado uma sacola, que teria dinheiro vivo, ao presidente do PP, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), que foi ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro (PL).
Líderes do PCC, Beto Louco e Mohamad Hussein Mourad, mais conhecido como Primo estão foragidos após ação da PF que desvendou o braço da facção criminosa na Faria Lima.
De forma anônima, Mattosinho revelou que teria levado uma sacola de dinheiro a Nogueira por encomenda de Primo e Beto Louco.
“Sim, ele falou que [a sacola com dinheiro] era para o Ciro Nogueira. Eles estavam indo encontrar o Ciro, em posse dessa sacola”, diz à época.
Nesta quinta-feira (18), em nova entrevista ao ICL em que revelou que Rueda seria dono oculto das aeronaves usadas pela facção criminosa, o piloto deu mais detalhes sobre a entrega do pacote ao senador, lobista da Faria Lima e principal articulador do golpe dos ricaços no Congresso Nacional.
Em seguida, o piloto narra o que aconteceu quando Beto Louco chegou à Brasília com a sacola. “No momento do desembarque [em Brasília], eu ouvi o Roberto Leme dizendo, na verdade, perguntando se estava tudo certo com o Ciro, se o Ciro já estava os aguardando, e a forma que ele se referiu foi o senador Ciro”.
O piloto diz que filmou a sacola “no intuito de demarcar que eu não estava maluco”. O vídeo foi feito no dia em que ele teria realizado o voo para Brasília, em 6 de agosto de 2024.
O voo foi feito no bimotor Israel G150, prefixo PR-SMG. Segundo Mattosinho, o jato pertence aos donos da Copape Produtos de Petróleo. Beto Louco e Primo ainda seriam sócios ocultos de Epaminondas Chenu Madeira na compra de outros dois jatinhos.