Em 2023, os casos de HIV no Brasil aumentaram 4,5% em relação a 2022, refletindo uma maior capacidade de diagnóstico dos serviços de saúde. Apesar do crescimento na detecção, a taxa de mortalidade por AIDS foi a menor desde 2013, com 3,9 óbitos por 100 mil habitantes. Nos últimos dez anos, essa taxa apresentou queda de 8,3% no Piauí. Em 2023, o estado registrou 128 mortes pela doença.
O Ministério da Saúde divulgou que a meta de eliminar a AIDS como problema de saúde pública até 2030 está alinhada ao programa Brasil Saudável, que visa reduzir doenças em populações vulneráveis.
Os dados revelam que 70,7% dos novos casos foram em homens, com predominância entre pessoas pardas e pretas e a faixa etária mais afetada sendo a de 20 a 29 anos. A profilaxia pré-exposição (PrEP), uma estratégia crucial na prevenção do HIV, registrou um aumento significativo de usuários, passando de 50,7 mil em 2022 para 109 mil em 2024.
O Brasil diagnosticou 96% das pessoas estimadas como infectadas com HIV, superando as metas da ONU. As metas globais incluem diagnosticar 95% das pessoas com HIV, garantir que 95% delas recebam tratamento antirretroviral e que 95% estejam com carga viral indetectável. O país atualmente atinge 96%, 82% e 95% dessas metas, respectivamente.
Com o aumento da disponibilidade da PrEP, mais pessoas foram diagnosticadas e incluídas em tratamento. O desafio atual é reintegrar os pacientes que interromperam seus tratamentos, garantindo acesso e qualidade de vida para todos os recém-diagnosticados.