
O senador Marcelo Castro (MDB-PI) afirmou que a redução da bancada piauiense no Congresso Nacional representa um prejuízo grave para o Estado. O Piauí perderá duas cadeiras na Câmara Federal e seis na Assembleia Legislativa, caso a regra atual seja mantida.
Redução de vagas prejudica o Piauí e a base governista
Segundo o parlamentar, a decisão decorre do veto do presidente Lula à proposta que garantiria o aumento de vagas proporcionais à população. “É triste e ruim para o nosso Estado, mas é a regra. Votamos a lei, o presidente vetou e não tivemos votos para derrubar o veto”, declarou.
Castro destacou que a medida afeta sobretudo a base governista. Atualmente, oito dos dez deputados federais do Piauí apoiam o governo Lula. “Quem mais vai perder com isso é o nosso campo político”, disse. Para ele, a impopularidade do tema pesou na decisão do Planalto, já que pesquisas indicaram rejeição popular à ampliação de vagas no Legislativo.
MDB articula eleições de 2026 no Piauí
Sobre as eleições de 2026, o senador avaliou que a disputa mais acirrada será para o Senado. Ele citou que a polarização deve ocorrer entre três nomes: ele próprio, Ciro Nogueira (PP) e Júlio César (PSD). “Todos os holofotes estão voltados para essa disputa, porque a eleição para governador está praticamente definida”, afirmou.
Castro também comentou o cenário interno da base do governador Rafael Fonteles (PT). Segundo ele, a tendência é que a chapa federal fique com o PSD e a estadual com o MDB, partido que busca compensação pela perda da vice-governadoria. “O governador se mostrou sensível em ampliar a participação do MDB em secretarias”, disse.
O senador confirmou ainda articulações para fortalecer a presença feminina na chapa estadual, com nomes como Ana Paula, Simone Pereira, Bárbara do Firmino e Vanessa Tapety. No entanto, ressaltou que a definição sobre suplência ao Senado será tomada apenas mais adiante.