
O Piauí encerra 2025 como o quarto estado brasileiro com maior número de queimadas, acumulando mais de 11,6 mil focos de incêndio, segundo dados consolidados a poucos dias do fim do ano. O cenário representa um crescimento de 11% em comparação com 2024 e reforça o alerta ambiental no interior do estado e em outras regiões do país.
À frente do Piauí no ranking nacional aparecem Bahia, Pará e Maranhão, que lidera com mais de 23,7 mil registros. Os números evidenciam o avanço do fogo como um dos principais fatores de degradação ambiental, com impactos diretos sobre os biomas, a biodiversidade, a saúde da população e o agravamento da crise climática.
Queimadas avançam no interior do Piauí e refletem eventos extremos
Apesar do resultado negativo no acumulado anual, setembro de 2025 apresentou o menor número de focos de queimadas no Piauí dos últimos dez anos. O dado chegou a sinalizar uma possível tendência de reversão, mas a redução foi pontual.
Nos meses de outubro e novembro, ondas de calor intenso e longos períodos de estiagem favoreceram a retomada das queimadas em diferentes áreas do estado, elevando novamente os índices e comprometendo o balanço final de 2025.
Especialistas apontam que o aumento dos incêndios está associado à combinação de eventos climáticos extremos, uso inadequado do solo, ações humanas irregulares e limitações na fiscalização e nas políticas de prevenção. Em períodos de seca prolongada e temperaturas elevadas, o risco de fogo se intensifica, especialmente em áreas vulneráveis do interior piauiense.
Além dos danos ambientais, as queimadas geram consequências diretas para a população, como piora da qualidade do ar, aumento da demanda por atendimentos de saúde e prejuízos a comunidades rurais e urbanas. O fechamento do ano com o quarto maior número de focos no país reforça a necessidade de planejamento contínuo, políticas públicas estruturantes e ações preventivas mais eficazes.
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