A Polícia Federal deve enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF), nos próximos dias, um relatório complementar sobre a tentativa de golpe de Estado que teve início em 2022 e culminou nos atentados de 8 de janeiro. O documento trará informações colhidas durante a Operação Contragolpe, deflagrada em novembro do ano passado e que revelou um suposto plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
Durante a Operação Contragolpe, foram identificados outros nomes que estariam envolvidos nas articulações criminosas. Os investigadores avaliam se apresentam novos indiciamentos também.
O relatório da PF com os 37 indiciados está sob avaliação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que deve apresentar denúncia ao Supremo no próximo mês. Porém, isso depende da necessidade ou não da realização de novas diligências.
Cid foi ouvido por Moraes sobre contradições que deu em depoimentos válidos pelo acordo de delação. Após uma audiência, em dezembro do ano passado, o magistrado entendeu que as explicações foram satisfatórias e manteve a validade do acordo.
Ao recuperar arquivos que foram apagados do celular de Cid, a Polícia Federal encontrou informações que não foram reveladas por ele e que apontavam um plano para matar Lula, Alckmin e Moraes. A PGR pediu nova prisão de Cid, mas a solicitação foi rejeitada pelo ministro do STF.
O militar responde ao processo em liberdade, mas faz uso de tornozeleira eletrônica e deve cumprir outras medidas cautelares, como não manter contato com outros investigados.
A PGR também deve enviar ao Supremo uma denúncia contra integrantes da cúpula da Polícia Militar do DF que teria contribuído, “por ação ou omissão”, para a invasão das sedes dos Três Poderes em janeiro de 2023.
As diligências referentes aos integrantes da corporação que atua na segurança pública de Brasília estão avançadas. A avaliação é de que muitos dos oficiais em postos de comando sabiam dos riscos e atuaram para facilitar os ataques.
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