A Diocese de Caxias, no Maranhão, afastou o padre Raimundo Luzia da Paróquia Menino Jesus de Praga, em Timon-MA, após receber denúncias de assédio e estupro praticados contra menores. A Delegacia da Mulher (Dem) informou que nenhum boletim de ocorrência foi registrado pelas vítimas até o momento, mas que a equipe de investigação está averiguando os fatos.
A reportagem não conseguiu contato com o padre até a publicação desta matéria, mas o espaço segue aberto para eventuais esclarecimentos sobre as denúncias de abusos sexuais.
As denúncias chegaram à Diocese de Caxias no dia 13 de junho de 2025, quando foi criada uma Comissão de Investigação Prévia (CIP). Na última quarta-feira (9 de julho), o bispo Dom Sebastião Lima Duarte recebeu o resultado das oitivas realizadas com duas adolescentes: uma que tinha 16 anos quando teria sofrido o assédio e outra que tinha 17 anos quando teria sido vítima de estupro.
O processo canônico corre em segredo, mas a previsão é que o bispo se reúna com a Comissão Diocesana de Tutela de Menores e Pessoas Vulneráveis nos próximos dias para concluir as peças finais que serão encaminhadas ao Dicastério para a Doutrina da Fé, no Vaticano, que deve dar prosseguimento ao restante das investigações eclesiásticas e emitir um parecer final sobre o caso.
Até a conclusão da investigação e o posicionamento do Vaticano, o padre Raimundo Luzia segue proibido de celebrar publicamente a Santíssima Eucaristia e de exercer atos que requerem o poder da ordem sagrada. “Para quem é padre, habituado com estas coisas, isto já é um castigo, mesmo sem sê-lo formalmente”, ressalta a nota divulgada pela Diocese de Caxias.
Fonte: Portal Cidade Verde
