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No Piauí, um em cada três domicílios ainda utiliza lenha ou carvão para cozinhar

Esse é o terceiro maior índice do país, ficando atrás apenas do Maranhão (46,3%) e do Pará (43,3%)

O uso de lenha ou carvão como fonte de energia para o preparo de alimentos permanece significativo no Piauí. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) de 2023, 36,6% dos domicílios do estado utilizavam esses combustíveis, o que representa mais de um terço das residências piauienses. Esse é o terceiro maior índice do país, ficando atrás apenas do Maranhão (46,3%) e do Pará (43,3%).

No Brasil, a média de domicílios que utilizavam lenha ou carvão foi de 15,2%. Por outro lado, os estados com os menores indicadores foram o Distrito Federal (2,4%), Rio de Janeiro (2,8%) e São Paulo (3,0%).

Ainda assim, o gás, seja em botijão ou encanado, continua sendo a principal fonte de energia nos lares piauienses, presente em 96,7% dos domicílios. A energia elétrica aparece como a segunda fonte mais utilizada no estado, sendo registrada em 55,4% das residências.

Já a lenha ou carvão ocupa a terceira posição, seguida por outros combustíveis, que somaram apenas 0,1%. A pesquisa destaca que é comum os domicílios utilizarem mais de um tipo de combustível simultaneamente para o preparo dos alimentos.

Em âmbito nacional, o gás lidera com 98,2% de utilização, seguido pela energia elétrica (51%), lenha ou carvão (15,2%) e outros combustíveis (0,1%). O levantamento evidencia desigualdades regionais e padrões de consumo energético, refletindo aspectos econômicos, culturais e de acesso à infraestrutura.

Uso do carvão para o preparo de alimentos pode trazer riscos à saúde

Cozinhar com lenha ou carvão em casa apresenta tanto benefícios quanto riscos, especialmente em contextos rurais ou regiões com acesso limitado a outras fontes de energia. Entre os benefícios, destaca-se o custo relativamente baixo, já que a lenha, em particular, pode ser obtida gratuitamente em áreas próximas a matas ou terrenos arborizados. Além disso, esse método é valorizado por seu impacto cultural, especialmente em comunidades que preservam tradições culinárias que demandam sabores defumados característicos, difíceis de reproduzir com outros combustíveis.

Por outro lado, os riscos associados a esse tipo de prática são consideráveis, especialmente em ambientes fechados ou mal ventilados. A queima de lenha e carvão libera fumaça contendo partículas finas e substâncias tóxicas, como monóxido de carbono, que podem causar problemas respiratórios, doenças cardiovasculares e até envenenamento em casos extremos. A exposição prolongada à fumaça é uma das principais causas de doenças respiratórias em populações que dependem desse método de cocção.

Além disso, o uso intensivo de lenha pode contribuir para o desmatamento em áreas onde a demanda excede a capacidade de regeneração das florestas. No caso do carvão, a produção muitas vezes envolve práticas ambientalmente insustentáveis, agravando os impactos ecológicos.

Por fim, há o risco de acidentes domésticos, como queimaduras e incêndios, especialmente em lares onde a estrutura para o manuseio de fogo é improvisada ou inadequada. Esses fatores tornam essencial o debate sobre alternativas mais seguras e sustentáveis para populações que ainda dependem da lenha ou carvão para cozinhar.

FONTE: Portal O Dia

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