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Nattan é denunciado ao MP por episódio com mulher com nanismo em show

A ação se refere ao episódio em que o artista chamou ao palco uma mulher com nanismo, conhecida como Delicinha, e ofereceu R$ 1 mil para que um homem a beijasse, durante apresentação na Festa de Agosto, em 2 de agosto, no município de São Lourenço da Mata (PE).

O Centro Brasiliense de Defesa dos Direitos Humanos (CentroDH) protocolou na sexta-feira (8/8) uma denúncia no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) contra o cantor e compositor Natanael Cesário dos Santos, conhecido como Nattan. A ação se refere ao episódio em que o artista chamou ao palco uma mulher com nanismo, conhecida como Delicinha, e ofereceu dinheiro a qualquer homem que tivesse coragem de beijá-la durante apresentação na Festa de Agosto, em 2 de agosto, no município de São Lourenço da Mata (PE).

O que aconteceu no show?

De acordo com vídeos que circularam nas redes sociais, Nattan lançou a mulher ao ar, colocou-a sobre um caixote e chamou o cinegrafista do evento, identificado como Marcos Ferreira, para beijá-la. “Ele pode até perder o emprego, mas os mil reais ele não perde”, disse o cantor.

O registro foi publicado nas redes sociais de Nattan com a legenda “BEBÊ REBORN saliente da gota” e também no perfil do cinegrafista, que escreveu: “Quando o beijo vale mil e ainda vem com risada e bolso cheio… Aí sim é trabalho com gosto”.

Pedidos do CentroDH ao Ministério Público

Na denúncia, o CentroDH argumenta que a conduta configura crime de discriminação contra pessoa com deficiência, além de afronta aos princípios da dignidade da pessoa humana e da igualdade previstos na Constituição Federal. A entidade também destacou a prática de “capacitismo recreativo”.

O órgão solicitou abertura de inquérito civil e criminal, reparação coletiva e indenização por danos morais, com destinação de eventual valor para campanha nacional contra o capacitismo. Entre as medidas pedidas estão a obrigação do artista de promover conteúdos educativos sobre respeito e valorização da pessoa com deficiência em suas redes sociais e a adoção de ações preventivas para evitar novos casos.

Outra ameaça de processo

A Associação Nanismo Brasil (Annabra) também se pronunciou, afirmando que o artista expôs a mulher ao ridículo e informando que também levará o caso ao Ministério Público.

Delicinha nega ter sido vítima de capacitismo

Já Marileide Fernandes da Silva, a Delicinha, rejeitou a narrativa de que foi exposta ao ridículo. “Acho toda essa repercussão ridícula. Não me senti ofendida. Foi um momento de alegria no palco. Não teve nada de capacitismo ali”, afirmou em entrevista ao jornal Extra.

Segundo ela, a participação foi voluntária. “Primeiro, porque fui eu quem me ofereceu para subir no palco. Segundo, porque sou influenciadora e adoro entretenimento. Aquilo, para mim, foi tudo o que eu queria. Ele nem estava me vendo. Eu é que fiquei pedindo para subir no palco.”

A influenciadora também relatou que encontrou Nattan nos bastidores após o show. “Ele me tratou super bem, me deu toda a atenção do mundo. É uma pessoa maravilhosa.”

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