
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), desencadeou nesta quinta-feira (4) uma operação voltada ao desmantelamento de uma organização criminosa com atuação nos estados de Pernambuco e Piauí. O grupo é investigado por tráfico de drogas, comércio ilegal de armas e lavagem de capitais.
De acordo com o MPPE, as apurações apontam que um policial militar estaria envolvido no esquema, repassando informações sigilosas sobre ações policiais para integrantes da facção. O órgão não informou o estado de origem do agente investigado.
A ofensiva cumpre 23 mandados judiciais, sendo 11 de prisão temporária e 12 de busca e apreensão. As ordens foram expedidas para as cidades de Caruaru e Bezerros, em Pernambuco, e Teresina, no Piauí. Na capital piauiense, pelo menos um mandado de busca já foi executado.
As investigações indicam que a quadrilha mantinha uma estrutura voltada ao armazenamento e distribuição de drogas, além da venda de armas e munições. O grupo atuava como um distribuidor em larga escala, abastecendo outras facções envolvidas no tráfico de entorpecentes.
O promotor Eduardo Aquino, do MPPE, destacou que a participação de agentes de segurança no esquema ampliava o risco de violência. “Identificamos policiais militares vendendo armas e vazando dados sigilosos para o tráfico, colocando em risco a vida dos colegas e da população”, afirmou.
A operação segue em andamento, e o material apreendido será analisado pelo Ministério Público e pelas forças de segurança envolvidas.







