O Ministério Público do Estado do Piauí (MP-PI) instaurou um procedimento administrativo para fiscalizar a atuação da Delegacia de Polícia Civil de Jaicós, após constatar a ausência de respostas da unidade nas investigações da morte de José Luís Tavares, de 63 anos. O crime ocorreu em 26 de setembro de 2024, na zona rural do município, e até o momento não houve retorno oficial à família da vítima sobre o andamento do caso.
A denúncia foi feita pela filha da vítima, a advogada Isadora de Jesus Fonseca, que informou ter buscado informações junto à delegacia e à Ouvidoria da Polícia Civil, sem obter qualquer resposta. A ausência de retorno levou o Ministério Público a tomar providências formais.
Segundo o promotor de Justiça Sebastião Jacson Santos Borges, responsável pela atuação no caso, a falta de resposta não foi um episódio isolado. “Infelizmente, essa conduta tem se tornado reiterada por parte da Delegacia de Polícia Civil de Jaicós, inclusive em outros procedimentos extrajudiciais”, afirmou o promotor.
Diante da situação, o MP-PI determinou não apenas a abertura do procedimento fiscalizatório, como também o envio de um ofício à Corregedoria-Geral da Polícia Civil do Estado do Piauí. No documento, o Ministério Público solicita providências para a regularização do funcionamento da delegacia, com ênfase no cumprimento de requisições ministeriais e diligências básicas.
José Luís Tavares morreu após ter o carro que conduzia atingido por um caminhão-pipa na BR-407, próximo ao povoado Várzea Queimada. De acordo com a Polícia Militar, o caminhão invadiu a contramão e colidiu de frente com o veículo da vítima. O motorista do caminhão fugiu do local sem prestar socorro e até hoje não foi identificado.
O caso agora volta ao centro das atenções com a atuação do Ministério Público, que cobra transparência, agilidade e compromisso das autoridades policiais na elucidação do crime.