
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou pela condenação de Shirley de Andrade a 17 anos de prisão pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Desse total, 15 anos e seis meses são de reclusão, e um ano e seis meses de detenção.
A ré foi acusada de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada. Moraes também propôs a aplicação de 100 dias-multa, com valor fixado em um terço do salário mínimo por dia.
O julgamento acontece no plenário virtual da Primeira Turma do STF, em que os ministros inserem seus votos na plataforma digital do tribunal. Como relator, Moraes foi o primeiro a se manifestar. Os demais ministros têm até o dia 24 de junho para votar.
Segundo a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Shirley participou da invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília. A acusação se baseia em áudios e vídeos gravados pela própria ré. Em um dos registros, ela aparece dizendo que a “casa do Xandão” (em referência ao ministro Moraes) estaria “acabada”.
A defesa de Shirley afirma que ela não se lembra de ter feito tal declaração e alega que sempre teve admiração pelo trabalho do ministro.