PUBLICIDADE

Moraes reage a conspiração e ignora sanções

O ministro Alexandre de Moraes, do STF • Rosinei Coutinho/STF

O ministro Alexandre de Moraes afirmou nesta sexta-feira (1º) que continuará normalmente no exercício de suas funções no Supremo Tribunal Federal (STF), apesar das sanções impostas pelos Estados Unidos por meio da Lei Magnitsky. Em tom firme, Moraes classificou a medida como parte de uma nova tentativa de golpe de Estado, articulada por investigados com apoio internacional — repetindo, segundo ele, o mesmo padrão dos ataques de 8 de janeiro de 2023.

“Covardes. Pseudopatriotas que estão escondidos fora do território nacional. O modus operandi é o mesmo: antes, acampamentos em frente aos quartéis, invasão da Praça dos Três Poderes. Agora, incentivo à taxação do Brasil, à crise econômica, que gera crise social, que por sua vez gera crise política, tudo com o objetivo de nova tentativa golpista”, declarou Moraes durante a abertura do semestre no Judiciário.

Sem mencionar diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu por tentativa de golpe, o ministro criticou brasileiros processados pela Procuradoria-Geral da República ou investigados pela Polícia Federal. Ele afirmou que há provas de que alguns desses investigados teriam atuado junto a autoridades norte-americanas para articular as sanções, com o objetivo de gerar instabilidade institucional e pressionar o Supremo a arquivar processos em curso.

“Essas ações têm uma única e exclusiva finalidade: obter um súbito, inexistente, inconstitucional arquivamento imediato de ações penais. Não é possível pressionar o Supremo sob pena de se prejudicar o sustento de brasileiros e brasileiras”, afirmou.

Moraes classificou essas articulações como traição à pátria. “Negociação escusa, vil, traiçoeira com autoridades estrangeiras. Como se glória houvesse na traição”, disse.

O ministro também denunciou ameaças recorrentes a integrantes do STF, ao Procurador-Geral da República e a seus familiares, especialmente nas redes sociais. Segundo ele, vídeos com ameaças citam nominalmente as esposas dos ministros Gilmar Mendes e Cristiano Zanin.

“A ousadia criminosa parece não ter limites. Essas ameaças covardes, patéticas, mostram que essa organização miliciana acredita estar acima da Constituição. Mas esta Corte, a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal não se vergarão a essas tentativas de coação”, completou.

Moraes também reforçou a legalidade e a transparência dos julgamentos relacionados ao 8 de janeiro. “Não há no mundo uma ação penal com tanta publicidade como essa. É o Supremo atuando dentro da Constituição, garantindo o devido processo legal”, concluiu.

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!

PUBLICIDADE

RECENTES

MAIS NOTÍCIAS