
Moradores da comunidade Camurupim, zona rural de Luís Correia, denunciam que estão há pelo menos dois meses enfrentando sérios problemas no abastecimento de água. O serviço é de responsabilidade da empresa Águas do Piauí.
Segundo Claudete Silva, agente comunitária de saúde da região, a situação é mais crítica na parte mais alta do povoado, conhecida como Camurupim de Cima, próxima à divisa com Chaval (CE). Ela relata que, quando a empresa assumiu o serviço, há cerca de quatro meses, a água chegava no início da manhã, permitindo encher caixas d’água e baldes. No entanto, nas últimas semanas, o fornecimento tem ocorrido de forma irregular e por poucas horas.
“A água chega por volta de 3h30, 4h da manhã. Quando a gente levanta às 5h30, já não tem mais. Às vezes conseguimos encher um ou dois baldes, e só. Está uma tristeza”, desabafou.
Com a escassez, muitas famílias precisam improvisar. Quem tem caixa d’água consegue armazenar um pouco mais, enquanto outros dependem de baldes ou recorrem a poços artesianos, cuja água é salobra e imprópria para consumo. “A água do poço serve apenas para banho, lavar louça e roupa”, explica.
A situação motivou denúncias à imprensa local e, após reportagem de TV, a prefeita Maninha enviou um carro-pipa para abastecer as casas mais afetadas. “Antes, havia dois carros; agora, só vemos um, e ele só enche baldes. Uma caixa d’água de 500 litros, para uma casa com muita gente, dura poucos dias”, afirmou Claudete.
O Portal Atualize entrou em contato com a assessoria da Águas do Piauí, que solicitou apenas o envio da matrícula das residências afetadas, mas não confirmou ter conhecimento amplo da situação na comunidade.