
247 – O programa econômico do presidente da Argentina, Javier Milei, enfrenta uma encruzilhada. Reportagem publicada neste domingo pelo Estado de S. Paulo mostra que, diante da queda de aprovação do governo e da crescente incerteza do mercado financeiro, as eleições legislativas nacionais de outubro serão decisivas para definir se o líder argentino conseguirá avançar com suas medidas de choque. Até lá, a população segue em compasso de espera, mergulhada em recessão e perda acelerada de direitos sociais.
A crise se intensificou após o escândalo envolvendo Karina Milei, irmã do presidente, acusada de cobrar propina de indústrias farmacêuticas. A denúncia atingiu em cheio a credibilidade do governo e colocou em xeque a confiança dos investidores internacionais no futuro do país.
Analistas citados pelo Estado de S. Paulo apontam que o “plano motosserra” não apenas falhou em gerar crescimento, como agravou a instabilidade política e econômica. Com a combinação de recessão, inflação persistente e escândalos de corrupção, o governo Milei vive seu momento mais frágil desde a posse.