PUBLICIDADE

Maior jornal israelense destaca o isolamento de Israel diante do genocídio e do fiasco de Netanyahu na ONU

Manchete do Haaretz reflete a péssima imagem de Israel em razão do holocausto do povo palestino

247 – O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, protagonizou na sexta-feira (26) um dos discursos mais criticados de sua carreira, durante a 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. O maior jornal israelense, o Haaretz, publicou análise devastadora, descrevendo a apresentação como um espetáculo grotesco que apenas reforçou o isolamento internacional do país em meio ao genocídio em Gaza.

Comparado a “um mágico envelhecido que perdeu o encanto”, Netanyahu recorreu a encenações já conhecidas, como cartazes e marcadores, e apresentou novas bizarrices, como um “quiz” conduzido por assessores e um QR Code preso ao paletó. A iniciativa mais polêmica, porém, foi a instalação de alto-falantes para transmitir seu discurso à população palestina de Gaza, prática descrita pelo jornal como “típica de ditadores assassinos do século passado”.

Reféns usados como encenação

O premiê mencionou reféns israelenses pelo nome e prometeu trazê-los de volta, mas a reação foi de indignação. Viki Cohen, mãe de um soldado sequestrado, afirmou: “Isto não é uma vitória absoluta, é uma encenação absoluta”. Para críticos, Netanyahu instrumentalizou o sofrimento das famílias, transformando-o em ferramenta de autopromoção política.

Mentiras e isolamento diplomático

Mais de 150 países — entre eles Austrália, Canadá e grande parte da Europa — já reconheceram oficialmente o Estado palestino, como forma de protesto contra os massacres em Gaza, a ocupação na Cisjordânia e as declarações de cunho fascista de membros da coalizão israelense. Para evitar o risco de prisão durante escalas na Europa, o avião oficial de Netanyahu precisou seguir rota alternativa rumo aos Estados Unidos, gesto que simbolizou a condição de isolamento do líder e de Israel no cenário global.

Pressão de Trump e impasse político

Enquanto o premiê evitou tratar da paz, a mensagem mais relevante veio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que voltou a dizer que um acordo para a libertação de reféns e encerramento do conflito estaria próximo. Trump também prometeu a líderes árabes e muçulmanos que não permitirá a anexação da Cisjordânia, contrariando os planos dos colonos israelenses.

Netanyahu, por sua vez, preferiu ignorar o tema em seu discurso, temendo desagradar sua base política.

Fiasco internacional

Para o Haaretz, o discurso não trouxe avanços diplomáticos nem alívio para os cidadãos israelenses que aguardam a volta dos reféns. O resultado, segundo o jornal, foi apenas consolidar a imagem de um líder desacreditado, dependente de partidos racistas para se manter no poder e cada vez mais isolado.

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!

PUBLICIDADE

RECENTES

MAIS NOTÍCIAS