
Diante de uma crise política envolvendo denúncias de corrupção, o governo do presidente Javier Milei (La Libertad Avanza) conseguiu, nesta segunda-feira (1º/9), uma decisão judicial para impedir que novos áudios da irmã dele, Karina Milei, secretária-Geral da Presidência, sejam divulgados por jornalistas em “qualquer meio de comunicação”.
Também acusou Pablo Toviggino, secretário-executivo da Associação de Futebol Argentina (AFA) — equivalente à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) — e outros opositores de tentar desestabilizar o processo eleitoral na província de Buenos Aires. A província, que é a mais importante do país, vai às urnas em 7 de setembro para eleger deputados e senadores provinciais.
Denúncia de suborno
Karina Milei está no centro de um escândalo que ganhou tração nofim de agosto, quando áudios atribuídos a Diego Spagnuolo, então diretor da Agência Nacional de Deficiência (Andis) foram publicados pelo canal Carnaval Stra. Os áudios detalhavam um esquema de suborno envolvendo o pagamento de remédios a pessoas com deficiência.
Dos subornos supostamente pagos, detalham os áudios, 3% iriam diretamente para Karina Milei. Diego Spagnuolo foi demitido no dia seguinte à divulgação dos primeiros áudios.
Os áudios desencadearam uma queda de popularidade para a gestão Milei. Na semana passada, em uma carreata ao lado da irmã, o presidente foi atacado com pedras e garrafas e precisou sair às pressas do local. Ele não se feriu.
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