A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) vai homenagear o deputado italiano Angelo Bonelli com uma moção de aplausos por sua atuação no caso envolvendo a prisão da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) na Itália. A proposta foi protocolada n

a sexta-feira (1º/8) pelo deputado estadual Paulo Fiorilo (PT) e deve ser publicada no Diário Oficial do Estado.
Bonelli ficou conhecido após afirmar, em publicação nas redes sociais, que foi o responsável por informar à polícia italiana o endereço em que Zambelli estava hospedada em Roma. A denúncia levou à prisão da parlamentar, condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a mais de 10 anos de prisão por invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsidade ideológica.
Na justificativa da homenagem, Fiorilo argumenta que Bonelli demonstrou “elevado senso de responsabilidade institucional, compromisso com os valores democráticos e respeito à cooperação jurídica internacional” ao colaborar com as autoridades italianas.
Prisão de Zambelli
Zambelli foi detida no último dia 29 de julho, após o ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizar a sua inclusão na lista vermelha da Interpol. O mandado foi emitido depois que a parlamentar deixou o Brasil sem comunicar à Corte, mesmo estando em liberdade provisória enquanto aguardava o julgamento de um recurso contra sua condenação.
A fuga de Zambelli provocou a saída de sua equipe jurídica e levou a Procuradoria-Geral da República (PGR) a solicitar a prisão preventiva da deputada, atendida por Moraes.
A parlamentar está atualmente detida no Instituto Penitenciário de Rebibbia, na periferia de Roma, à espera do processo de extradição solicitado oficialmente pelo governo brasileiro por meio da Advocacia-Geral da União (AGU).
Quem é Angelo Bonelli
Filiado ao partido Europa Verde, Bonelli é conhecido por sua atuação ambientalista e por defender pautas de proteção da Amazônia. Ligado à esquerda italiana, o parlamentar já participou de articulações internacionais sobre mudanças climáticas e sustentabilidade.
A moção proposta pela Alesp também destaca a trajetória de Bonelli nas lutas socioambientais e a sua defesa da democracia, fatores que, segundo Fiorilo, justificam o reconhecimento por parte do parlamento paulista.