Se uma criança se recusa constantemente a ir à escola e, além disso, houver mudança de comportamento, muita tristeza, choro e até desespero, pode ser um sinal de que algo não está bem.

Chegou a hora de se arrumar para ir à escola e, por várias vezes, o cenário se repete: recusas, confusão, choro e pedidos para não ir. Essa situação é comum na sua casa? Pois saiba que o comportamento pode indicar sinais de alerta. Se uma criança se recusa constantemente a ir à escola e, além disso, houver mudança de comportamento, muita tristeza, choro e até desespero, pode ser um sinal de que algo não está bem.

A pedagoga e professora da Wyden, Ariana Lima, alerta que os cuidadores não devem desprezar esse tipo de comportamento. Ao contrário, devem dar a devida importância e investigar os motivos por trás dessas atitudes, que muitas vezes podem revelar mais do que preguiça ou uma simples birra. “Esse tipo de comportamento na criança pode indicar que ela esteja com dificuldade na aprendizagem, problema de relacionamento com as outras crianças, ansiedade, depressão e até que esteja sofrendo bullying”, pontua a profissional.

Segundo a professora, o primeiro passo para descobrir o problema é ter uma escuta ativa. “Quando uma criança se sente segura com sua família, ela consegue expressar seus sentimentos com mais facilidade”, afirma. “É preciso criar um ambiente acolhedor para que ela se sinta à vontade para compartilhar suas angústias e alegrias”, ressalta Ariana.

O segundo passo é manter constante o diálogo com a escola. “É fundamental conversar com professores, coordenadores e gestores para buscar informações sobre o desempenho da criança e identificar possíveis dificuldades”, explica Ariana. Ao manter um canal de comunicação aberto, família e escola podem trabalhar em conjunto para encontrar soluções e ajustar as estratégias pedagógicas, caso seja necessário.

Para Ariana Lima, a escola deve ser um lugar significativo e inspirador para as crianças. “É preciso criar um ambiente onde elas se sintam valorizadas e possam construir suas próprias histórias”, afirma. A pedagoga destaca que a escola deve ser um espaço de desenvolvimento, onde as crianças possam aprender e se divertir, sentindo-se parte de um grupo.

Atendimento especializado

Em alguns casos, a recusa escolar pode ter causas mais complexas que exigem a intervenção de profissionais especializados. “Se os primeiros passos não surtirem efeito, é importante buscar ajuda de um psicólogo ou outro profissional da área”, orienta a professora. A parceria entre família e escola é fundamental para que a intervenção seja feita de forma adequada e respeitosa.

“A recusa escolar é um sinal que não pode ser ignorado. Ao ouvir a criança, conversar com a escola e buscar ajuda especializada quando necessário, os pais podem ajudar seus filhos a superar essa dificuldade e a ter uma experiência escolar mais positiva”, acrescenta Ariana.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui