Um vídeo publicado pela imprensa no litoral reacendeu a preocupação sobre o acelerado processo de seca da Lagoa do Portinho, um dos principais cartões-postais do litoral piauiense. As imagens de satélite apresentadas no material mostram pontos de captação de água, sugerindo que o reservatório estaria sendo utilizado para abastecer criatórios na região — possivelmente de piscicultura ou carcinicultura.
Moradores relatam ainda que bombas hidráulicas, popularmente conhecidas como “bomba sapo”, estariam sendo usadas para retirar água da lagoa com diferentes finalidades, incluindo o uso em propriedades rurais, como a lavagem de chiqueiros e outras atividades.
A gravidade da situação cresce porque a lagoa enfrenta um período prolongado de estiagem, com mais de um ano sem chuvas significativas. A combinação entre o clima seco e a retirada irregular de água tem provocado uma redução acelerada no volume da lagoa, lembrando o episódio de cerca de dez anos atrás, quando o Portinho chegou a secar completamente.
Diante desse quadro, aumenta a cobrança para que as Secretarias de Meio Ambiente, tanto do município quanto do estado, além do Ministério Público, adotem medidas urgentes. A expectativa é que haja fiscalização, responsabilização e ações efetivas para impedir práticas que possam configurar crime ambiental.
A Lagoa do Portinho é um patrimônio natural, cultural e turístico do Piauí — e sua preservação é motivo de grande preocupação para moradores, ambientalistas e autoridades.
