Raimundo Nonato da Conceição Morais, motorista da Mitsubishi Pajero envolvido no acidente que deixou três mortos em Teresina na noite de 1º de agosto, entrou com pedido na Justiça para responder ao processo em liberdade. A solicitação foi protocolada em 8 de agosto e questiona a necessidade de manter o réu preso.
O acidente aconteceu no cruzamento das avenidas Barão de Castelo Branco e Gil Martins, no bairro Monte Castelo. Segundo a investigação, a Pajero avançou o sinal vermelho em alta velocidade e colidiu com um Hyundai HB20, ocupado por Wesley Moura Sousa, Jardyel de Abreu Pessoa e Débora Mavy de Abreu Barros. Todos os ocupantes do HB20 morreram no local. Outros dois veículos também foram atingidos pelo impacto.
Raimundo Nonato foi preso três dias após o acidente e teve a prisão preventiva mantida em audiência de custódia. Posteriormente, em 12 de agosto, a Polícia Civil indiciou o motorista por homicídio qualificado com a qualificadora de “perigo comum”, prevista quando a conduta coloca em risco outras pessoas além das vítimas diretas.
Defesa pede revisão da prisão
A defesa alega que o crime cometido seria culposo, e não doloso, e por isso não justificaria prisão preventiva. Os advogados ressaltam que o acusado é réu primário, possui residência fixa, trabalha formalmente como pedreiro e é responsável por uma família, incluindo um filho de 2 anos.
Entre as medidas alternativas sugeridas estão monitoramento eletrônico e retenção da carteira de habilitação, consideradas suficientes para assegurar a investigação sem necessidade de prisão. Até o momento, o Ministério Público ainda não se manifestou.
Câmeras registraram o acidente
Imagens de um posto de combustíveis mostram a Pajero avançando o sinal vermelho em alta velocidade e provocando o acidente. O Hyundai HB20 foi lançado para o canteiro central, e uma das passageiras foi arremessada para fora do veículo.
O caso segue sob análise da 1ª Vara Criminal de Teresina, enquanto o pedido de liberdade aguarda decisão judicial.
