
A Polícia Civil deflagrou recentemente a Operação Aldrabão, que resultou no cumprimento de dois mandados de busca e apreensão contra suspeitos de aplicar golpes de extorsão em várias regiões do país. As investigações revelaram que os criminosos utilizavam a imagem de um delegado da Polícia Federal do Piauí para enganar e ameaçar suas vítimas, afirmando que elas estavam sendo investigadas por pedofilia e exigindo pagamentos em dinheiro para não prosseguir com supostas denúncias.
O principal suspeito, que já possuía antecedentes por tráfico de drogas e responde a processo por organização criminosa, estava em prisão domiciliar. Segundo o delegado responsável pela investigação, ele atuava sozinho, mas a polícia vai aprofundar apurações para verificar se havia outros envolvidos. Até o momento, foram identificadas três vítimas, duas de Minas Gerais e uma do Piauí, que não tinham qualquer envolvimento com crimes sexuais, mas se sentiram coagidas pela ação do criminoso, que se apresentava com credibilidade como membro da Polícia Federal.
O investigado exigia em média R$ 5 mil de cada vítima e chegou a receber aproximadamente R$ 15 mil. Para dar aparência de legitimidade, ele utilizava a fotografia do delegado e mantinha contato via WhatsApp, além de se valer de estabelecimentos comerciais de fachada e contas de terceiros para receber os valores extorquidos. Em uma tentativa de esconder provas, chegou a tentar destruir seu celular, mas a equipe policial conseguiu recuperá-lo.
Diante da nova investigação, a Justiça foi acionada para solicitar prisão temporária, mas o juiz entendeu que a prisão domiciliar já havia surtido efeito necessário. A Polícia Civil seguirá monitorando o suspeito e analisando o material apreendido, podendo solicitar novas medidas caso surjam novas vítimas ou indícios de crimes. A investigação também busca apurar o possível envolvimento de familiares do suspeito no esquema.