A falta de medicamentos no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) continua causando indignação entre familiares de pacientes. A família de Dona Maria Zilmar, de 75 anos, moradora de José de Freitas, está revoltada com a situação. A idosa, que sofreu queimaduras de terceiro grau, está internada há mais de 40 dias e enfrenta dificuldades no acesso a medicamentos essenciais para seu tratamento.
Sem outra alternativa, os familiares têm comprado os remédios por conta própria, mesmo sem condições financeiras para isso. A situação levanta questionamentos sobre o abastecimento da unidade hospitalar e a responsabilidade do poder público na garantia de insumos básicos para os pacientes.
O portal Atualize.com publicou a denúncia da família e, agora, recebeu uma nota de esclarecimento da Fundação Municipal de Saúde. No comunicado, a instituição detalha a atual situação do abastecimento de medicamentos no hospital e as providências que estão sendo tomadas para normalizar o atendimento.
NOTA DE ESCLARECIMENTO DA FMS
A Fundação Municipal de Saúde (FMS) informa que assumiu a gestão da instituição diante de um cenário desafiador, marcado por problemas estruturais, organizacionais e pela falta de medicamentos e insumos básicos.
Em resposta à gravidade da situação, o prefeito Sílvio Mendes decretou estado de emergência na saúde, medida amplamente divulgada pela imprensa. Como parte das ações emergenciais, foi realizado um processo de requisição administrativa para assegurar o abastecimento da rede de saúde por um período de 60 dias. Contudo, desafios surgiram, incluindo a desistência de algumas empresas participantes e o descumprimento de prazos de entrega por fornecedores, que já foram devidamente notificados. Tais fatores geraram impactos pontuais na entrega de alguns itens.
Sobre os pontos mencionados na matéria, esclarecemos:
No Hospital de Urgência de Teresina (HUT), desde o início da gestão, não foi registrado desabastecimento de paracetamol, seja em sua forma oral ou injetável. Os estoques deste medicamento permanecem regulares.
No caso das gazes e compressas, houve atraso da entrega desses itens pela empresa, mas os materiais já estão disponíveis para as trocas diárias de curativos no hospital.
Em relação às pomadas manipuladas, informamos que estão sendo discutidas alternativas viáveis para solucionar a questão e atender casos específicos.
A FMS reforça que todas as medidas cabíveis estão sendo adotadas para garantir a continuidade do abastecimento da rede de saúde e a manutenção da qualidade no atendimento à população.