Em 2025, o Cerrado piauiense tem sido alvo de uma série de operações contra o desmatamento ilegal. Desde o início do ano, a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) já realizou 13 fiscalizações em diferentes municípios, que levaram ao embargo de 115 áreas, totalizando aproximadamente 35 mil hectares de vegetação nativa. As infrações resultaram em multas que somam R$ 42 milhões.
Para o coordenador de fiscalização da Semarh, Renato Nogueira, as medidas buscam frear a expansão irregular sobre o bioma. “As sanções são necessárias, mas nossa meta principal é garantir que o Cerrado tenha condições de se recuperar e seguir cumprindo seu papel ambiental”, afirmou.
O secretário estadual de Meio Ambiente, Feliphe Araújo, destacou que a atuação combina repressão e conscientização. “Trata-se de uma defesa do futuro. O Cerrado mantém rios, influencia o clima e sustenta a vida de milhões de pessoas. Nossa missão é proteger esse patrimônio natural com firmeza, mas também dialogando com quem produz”, disse.
Segundo a Semarh, o monitoramento segue em andamento. As equipes utilizam alertas de satélite para identificar novos focos de desmate e verificam se há autorização legal para uso do solo. Áreas com registros de reincidência também estão sob vigilância especial.
Reconhecido como “berço das águas”, o Cerrado é considerado estratégico para a preservação dos aquíferos e para a segurança hídrica do país. Para o governo, agir com rapidez é essencial para evitar danos irreversíveis ao bioma.
