O Festival de Teatro Lusófono (FestLuso) começa nesta segunda-feira, 25 de agosto, em Teresina, e transforma a capital piauiense em palco de encontros culturais que unem Brasil, Portugal, Moçambique e Angola. Em sua 15ª edição, o evento segue até o próximo sábado com uma programação totalmente gratuita que deve reunir milhares de pessoas em diferentes pontos da cidade.
A abertura oficial acontece no Theatro 4 de Setembro, com homenagens ao centenário do teatrólogo piauiense Gomes Campos, figura central para a formação de gerações de artistas locais. A sessão será marcada pela exibição de um documentário em memória do dramaturgo, seguida do espetáculo “Caim”, adaptação da obra de José Saramago encenada pelo ator Henri Pagnoncelli, que celebra cinquenta anos de carreira sob direção de Jacyan Castilho.
Mais de vinte apresentações estão previstas, distribuídas em teatros, praças e centros culturais de Teresina. O festival leva peças a locais como o Cine Teatro da UFPI, a Sala Torquato Neto, a Escola de Teatro Gomes Campos e até espaços comunitários, como o Cine Teatro Barítono Raimundo Pereira, na zona Norte. A iniciativa “FestLuso na Escola” também marca presença nesta edição, levando espetáculos a estudantes de tempo integral e reforçando a função educativa do evento.
Realizado pelo Grupo Harém de Teatro em parceria com a Navilouca Produções, o FestLuso tem o apoio de instituições nacionais e internacionais, incluindo a Secretaria de Cultura do Piauí, o Ministério da Cultura e o Instituto Camões. O objetivo central continua sendo o fortalecimento dos laços entre países de língua portuguesa, oferecendo ao público piauiense contato direto com produções artísticas diversas, que refletem realidades, estéticas e tradições distintas, mas conectadas pela mesma língua.
Mais do que uma mostra de teatro, o FestLuso é um espaço de convivência e troca. A cada edição, o festival amplia a circulação de artistas e a formação de plateias, consolidando Teresina como referência na cena cultural lusófona. Em 2025, a expectativa é de que a programação não apenas apresente espetáculos, mas também provoque reflexões sobre identidade, memória e pertencimento, valores que sustentam a arte feita nos países de língua portuguesa.
