
Uma cadela que veio de Portugal desapareceu temporariamente no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, após desembarcar no dia 7 de julho. A tutora, Jaqueline Ramos, relata que a caixa de transporte foi entregue danificada e vazia, sem o animal, chamado Esperança.
A cadela viajava com uma conhecida da família e seria entregue à mãe de Jaqueline no desembarque. Segundo a tutora, apesar de toda a documentação e inspeção terem sido realizadas corretamente, houve falhas no lacre e no fechamento da caixa ainda no aeroporto de origem, em Lisboa.
A acompanhante informou que não recebeu apoio da companhia aérea nem dos funcionários do aeroporto durante o desaparecimento, mesmo estando com um bebê e uma criança pequena. A mãe da tutora, Miriam Áurea, que aguardava do lado de fora, entrou no terminal e começou a procurar por conta própria.
Foi ela quem encontrou Esperança, após buscas feitas sem apoio oficial. “Mesmo dizendo que estavam procurando, fui eu quem encontrou. Depois disso, vieram me dizer que a cadela teria que voltar para dentro para passar pelo controle veterinário”, contou Miriam.
Sem equipamentos adequados, os funcionários pediram para usar a alça da bolsa dela como coleira. Segundo Miriam, um funcionário chegou a liberar a cadela antes por engano, achando que se tratava de um animal sem tutor.
Em nota, o Aeroporto Internacional de São Paulo afirmou que o transporte e cuidado com animais é responsabilidade exclusiva das companhias aéreas ou de prestadores de serviços contratados por elas. A administração do aeroporto também negou ter sido acionada para ajudar nas buscas.
A tutora, que ainda vive em Portugal, descreveu a situação como angustiante e disse ter passado uma madrugada inteira sem dormir, preocupada com a segurança da cadela.